domingo, 28 de setembro de 2008

Druidas



Druidas

Os druidas existem desde antes do Stonehenge ser construído há 4.500 anos (2.500 anos antes dos romanos colocarem os pés na Inglaterra).

Eles acreditam em reencarnação; as almas dos mortos vão para o ‘Outro Mundo’ antes de renascer em novos corpos humanos.

Os Druidas faziam parte da antiga civilização Celta, povo que habitava a região que vai da Irlanda até o norte da europa ocidental, incluindo a Bretanha (Inglaterra e norte da França) e parte do extremo norte da península ibérica (Portugal e Espanha).

Há cerca de 10.000 Druidas na Inglaterra atualmente; praticando rituais antigos que remontam a milhares de anos. Alguns vêem como religião, outros como um caminho ao esclarecimento espiritual e alguns como atividade cultural.

O Conselho de Druidas Britânicos foi formado em 1989, apesar de haver um renascimento e interesse no tema por cerca de trezentos anos. Atualmente há doze ordens importantes no Reino Unido.

É difícil de descrever o druidismo porque não há registros escritos ou livro sagrado. Seus conhecimentos fundamentais eram transmitidos boca a boca, de uma geração para outra dentro de grande segredo, e esta é a razão pela qual perdemos tanto de sua história, que até hoje permanece envolta em mistério. sabemos que realmente eles existiram entre o povo Celta, porém não eram propriamente originários dessa civilização. Na verdade, sua origem é um mistério.

Suas tradições e rituais ainda são passados através de poetas e protetores da tradição, mas muitos livros e sites da internet trazem informações equivocadas ou mal interpretadas. Desmistificando Celtas e Druidas

A história dos Druidas se esconde freqüentemente entre diversas lendas, como a do Rei Arthur, onde Merlin e a meia-irmã de Arthur, Morgana, eram Druidas.

Das poucas coisas que sabemos sobre eles, temos a certeza de que os Druidas acreditavam na Imortalidade da Alma e na reencarnação.

Sabemos que Allan Kardec ou seja Hypolyte Leon Denizard Rivail criador do espiritismo era um druida reencarnado, através da revelação do Espírito Zéfiro. Rivail preferiu assinar desde seu primeiro livro, O Livro dos Espíritos com seu antigo nome celta, a fim de separar seu trabalho de educador do de codificador dos ensinos dos espíritos.

O espírito Kardec/Rivail completava sua tarefa de condutor de almas e as grandes teses druídicas ressurgiam no bojo da novel Doutrina Espírita. Tudo sobre o mesmo solo gaulês.

Esses fatos, porém, não aconteceram sem a resistência de uma velha inimiga dos druidas. A Igreja Católica tentou denegrir o Espiritismo de várias maneiras.


Com o avanço da dominação romana, a cultura druídica foi alvo de intensa repressão e os Druidas desapareceram da história à medida que cresceu o domínio da Igreja católica Romana. Mas eles eram possuidores de grande sabedoria, tanto que marcaram profundamente a literatura da época, que criou em torno deles uma espécie de aura de mistério e misticismo (e de fato eles eram místicos). Seu fascínio se perpetuou através das cantigas dos menestréis e trovadores medievais, e sua influência se fez sentir em vários movimentos místicos e contestatórios da Idade Média, especialmente entre os Cátaros e na Ordem dos Templários.

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quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Milho de Pipoca



"Milho de pipoca que não passa pelo fogo continua a ser milho para sempre.

Assim acontece com a gente. As grandes transformações acontecem quando passamos pelo fogo.



Quem não passa pelo fogo, fica do mesmo jeito a vida inteira. São pessoas de uma mesmice e uma dureza assombrosa. Só que elas não percebem e acham que seu jeito de ser é o melhor jeito de ser.

Mas, de repente, vem o fogo.

O fogo é quando a vida nos lança numa situação que nunca imaginamos: a dor.

Pode ser fogo de fora: perder um amor, perder um filho, o pai, a mãe, perder emprego ou ficar pobre.

Pode ser fogo de dentro: pânico, medo, ansiedade, depressão ou sofrimento, cujas causas ignoramos.

Há sempre o recurso do remédio: apagar o fogo! Sem fogo, o sofrimento diminui. Com isso, a possibilidade da grande transformação também.

Imagino que a pobre pipoca, fechada dentro da panela, lá dentro cada vez mais quente, pensa que sua hora chegou: vai morrer.

Dentro de sua casca dura, fechada em si mesma, ela não pode imaginar um destino diferente para si.



Não pode imaginar a transformação que está sendo preparada para ela. A pipoca não imagina aquilo de que ela é capaz.

Aí, sem aviso prévio, pelo poder do fogo a grande transformação acontece: BUM !




E ela aparece como uma outra coisa completamente diferente,
algo que ela mesma nunca havia sonhado.

Bom, mas ainda temos o piruá, que é o milho de pipoca que se recusa a estourar. São como aquelas pessoas que, por mais que o fogo esquente, se recusam a mudar. Elas acham que não pode existir coisa mais maravilhosa do que o jeito delas serem. A presunção e o medo são a dura casca do milho que não estoura.

No entanto, o destino delas é triste, já que ficarão duras a vida inteira. Não vão se transformar na flor branca, macia e nutritiva. Não vão dar alegria para ninguém."

Extraído do livro "O amor que acende a lua",
de Rubem Alves, mineiro de Boa Esperança.



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